9.2.07

Referendos:depois do Aborto, drogas leves?

Aveiro abriu primeira loja de «drogas legais» fora da Holanda

Abriu, ontem, no centro de Aveiro, a primeira smart shop fora da Holanda na Europa, que, com o nome de Cogumelo Mágico, tem à venda «drogas legais».
A notícia é avançada na edição desta sexta-feira do jornal Público, que revela ainda que, no interior do Cogumelo Mágico, é possível encontrar ervas, sementes, cactos ou cápsulas que «não estão proibidos por lei», mas que contêm princípios alucinogénicos.

A garantia é dada pelo próprio dono da loja, Carlos Marabuto, acrescentando estar convencido de que, ao comercializar estes produtos, está até a fazer um favor às autoridades policiais, uma vez que coloca à disposição dos consumidores «produtos naturais e legais».

A ideia foi importada da Holanda, país onde a venda e o consumo de drogas leves estão permitidos e no qual as coffee shops, smart shops ou as grow shops, há muito que deixaram de ser novidade.

Carlos Marabuto percebeu a oportunidade de negócio e decidiu abrir em Aveiro uma smart shop, pois, distingue o empresário responsável pela novidade do momento em Aveiro, «numa coffee shop os produtos estão prontos a ser consumidos; já na smart shop os produtos ainda têm que ser preparados»,.

Carlos Marabuto faz igualmente questão de frisar que este é o primeiro estabelecimento do género a abrir fora do território holandês, constituindo uma completa novidade em solo nacional.

«O que já existe são grow shops, como é o caso da que funciona no Porto, onde se comercializam apenas produtos para fazer o cultivo, mas não se vende mesmo as plantas», sublinha o proprietário da Cogumelo Mágico.

Nesta smart shop, é possível encontrar produtos como a erva sálvia, pronta para ser fumada ou vendida em extractos para fazer chá, kits para cultivo de cogumelos «mágicos», cápsulas de produtos naturais com princípios alucinogénicos (designadas happy-caps), cactos que contêm mescalina (uma substância alucinogénica), e chá de erva ayahuasca, «que junta duas plantas que são dos alucinogénicos mais potentes no mundo», explica Carlos Marabuto.

«São tudo produtos legais, de alta qualidade, importados de um fornecedor muito sério da Holanda», garante o proprietário da smart shop, acrescentando que, depois, há também «cachimbos, mortalhas, vaporizadores, moedores para as ervas, balanças, livros e enciclopédias que ensinam a cultivar os produtos».

Caso o negócio resulte em terras aveirenses, o empresário pondera abrir mais estabelecimentos do género noutros pontos do país, especialmente se «aparecerem sócios com capital», sendo que, até agora, o primeiro dia de negócio deixa perspectivas optimistas.

«Até nem esteve nada mal, em termos de clientela», resume Carlos Marabuto, inclusivamente, «alguns» curiosos, «nomeadamente, um senhor de 60 anos a quem explicámos o que eram os produtos e que, no final, declarou que no tempo dele não havia nada disto».

O estabelecimento comercial está classificado como «ervanária especializada, com entrada interdita a menores de 18 anos», especifica o comerciante, situação que, no entanto, não impediu que o funcionamento da loja esteja já a ser acompanhado «pela PSP, em coordenação com a Polícia Judiciária», revelou o comandante da PSP de Aveiro, Sérgio Loureiro.

in Diário Digital 09-02-2007

1.2.07

Americanos ignorantes??

Muita gente acredita que os Americanos são bastante ignorantes e que não percebem nada acerca do mundo do qual se julgam donos...mas o que é certo é que esta opinião tem tudo a ver com a realidade.

Vejam o que aquela gente responde quando lhes pedem um país começado por "U" (de Utah, Yugoslavia, Utopia...mas nunca United States of America), quando lhes perguntam quem é Fidel Castro (Talvez um cantor???), ou sobre que país deviam os U.S.A. atacar por se tratar de um país potencialmente perigoso (Os Franceses,Italianos ou os Brasileiros que se preparem...!!).

Que gente, meu Deus!!!!

A classe do Embaixador de Portugal no Brasil

Há dias - 5 DEZ 2006 - um jornalista brasileiro de Porto Alegre, de seu nomePolíbio Braga, publicou a seguinte notícia emhttp://www.polibiobraga.com.br/
"Portugal não merece ser visitada e os portugueses não merecem nossoreconhecimento. Há apenas uma semana, em apenas quatro anos, o editor destapágina visitou pela quinta vez Lisboa, arrependendo-se pela quarta vez de ter feito isto. Portugal não merece ser visitada e os portugueses não merecem nosso reconhecimento. É como visitar a casa de um parente malquisto,invejoso e mal educado. Na sexta e no sábado, dias 24 e 25, Portugal submergiu diante de um dilúvio e mais uma vez mostrou suas mazelas. O País real ficou diante de todos. Portugal é bonito por fora e podre por dentro. O dinheiro que a União Européia alcançou generosamente para que os portugueses saíssem do buraco e alcançassem seus sócios, foi desperdiçado em obras desnecessárias ou suntuosas. Hoje, existe obra demais e dinheiro de menos. O pior de tudo é que foi essa gente que descobriu e colonizou o Brasil. É impossível saber se o pior para os brasileiros foi a herança malditaportuguesa ou a herança maldita católica. Talvez as duas".
Esta Nota mereceu a seguinte resposta do Embaixador de Portugal no Brasil:
"Brasília, 8 de Dezembro de 2006
Senhor Políbio Braga,
Um cidadão brasileiro, que faz o favor de ser meu amigo, teve a gentileza de me dar a conhecer uma nota que publicou no seu site, na qual comentava aspectos relativos à sua mais recente visita a Portugal. Trata-se de umtexto muito interessante, pelo facto de nele ter a apreciável franqueza deafirmar, com todas as letras, o que pensa de Portugal e dos portugueses. O modo elegante como o faz confere-lhe, aliás, uma singular dignidade literária e até estilística. Mas porque se limita apenas a uma abordagem em linhas muito breves, embora densas e ricas de pensamento, tenho que confessar-lhe que o seu texto fica-nos a saber a pouco. Seria muito curioso se pudesse vir a aprofundar, com maior detalhe, essa sua aberta acrimónia selectiva contra nós. Por isso lhe pergunto: não tem intenção de nos brindar com um artigo mais longo, do género de ensaio didáctico, onde possa dar-se ao cuidado de explanar, com minúcia e profundidade, sobre o que entende ser a listagem de todas as nossas perfídias históricas, das nossas invejazinhas enraizadas, dos inumeráveis defeitos que a sua considerável experiência coma triste realidade lusa lhe deu oportunidade de decantar? Seria um texto onde, por exemplo, poderia deter-se numa temática que, como sabe, é comum a uma conhecida escola de pensamento, que julgo também partilhar: a de que nos caberá, pela imensidão dos tempos, a inapelável culpa histórica no que toca aos resquícios de corrupção, aos vícios de compadrio e nepotismo (veja-se, desde logo, a última parte da Carta de Pêro Vaz de Caminha), que aqui foram instilados, qual vírus crónico, para o qual, nem os cerca de dois séculos, que se sucederam ao regresso da maléfica Corte à fonte geográfica de todos os males, conseguiram ainda erradicar por completo. Permita-me, contudo, uma perplexidade: porquê essa sua insistência e obcecação em visitar um país que tanto lhe desagrada? Pela quinta vez, num espaço de quatro anos? Terá que reconhecer que parece haver algo de inexoravelmente masoquista nessa sua insistente peregrinação pela terra de um "parente malquisto, invejoso e mal educado". Ainda pensei que pudesse ser a Fé em Nossa Senhora de Fátima o motivo sentimental dessa rotina, como sabe comum a muitos cidadãos brasileiros, mas o final do seu texto, ao referir-se à "herança maldita católica", afasta tal hipótese e remete-o para outras eventuais devoções alternativas. Gostava que soubesse que reconheço e aceito, em absoluto, o seu pleníssimo direito de pensar tão mal de nós, de rejeitar a "herança maldita portuguesa"(na qual, por acaso, se inscreve a Língua que utiliza). Com isso, pode crer,ajuda muito um país, que aliás concede ser "bonito por fora" (valha-nos isso!), a ter a oportunidade de olhar severamente para dentro de si próprio,através da arguta perspectiva crítica de um visitante crónico, quiçá relutante. E porque razão lhe reconheço esse direito? Porque, de forma egoísta, eu também quero usufruir da possibilidade de viajar, cada vez mais, pelo maravilhoso país que é o Brasil, de admirar esta terra, as suas gentes, na sua diversidade e na riqueza da sua cultura (de múltiplas origens, eu sei). Só que, ao contrário de si, eu tenho a sorte de gostar de andar por onde ando e você tem o lamentável azar de se passear com insistência (vá-se lásaber porquê!), pela triste terra dessa "gente que descobriu e colonizou o Brasil". Em má hora, claro!
Da próxima vez que se deslocar a Portugal (porque já vi que é um vício de que não se liberta) espero que possa usufruir de um tempo melhor, sem chuvase sem um "dilúvio" como o que agora tanto o afectou.
E, se acaso se constipou ou engripou com o clima, uma coisa quero desejar-lhe, com a maior sinceridade: cure-se!
Com a retribuída cordialidade do
Francisco Seixas da Costa
Embaixador de Portugal no Brasil"