31.7.06

Massive Attack@Coliseu do Porto; 10 julho

Massive Attack é um nome que dispensa apresentações. Compositores e interpretes de uma das musicas mais imortais de todos os tempos (Unfinished Simpathy) segundo diversas listagems das maiores magazines musicais. Responsáveis por três dos melhores discos da decada de 90 (Blue Lines, Protection e Mezzanine) e por ai fora enquanto quisessemos vangloriar os seus méritos... o que não se pretende. Mas os senhores supracitados nunca conseguiram este sucesso por mero acaso e a prova cabal deste facto reside nas suas manifestações profissionais e catárticas quando sobem ao palco para enfrentar a plebe. O concerto do passado dia 10, foi assim uma evidência do que aqui se diz. As boas novas passaram pela participação especial, in loco, de Elizabeth Fraser, a eterna voz dos saudosos Cocteau Twins (versão anos 80, entenda-se), do grande Horace Andy e Deborah Miller que brilharam temas como «Safe From Harm», «Unfinished Sympathy», «Angel» e «Teardrop» num desfilar de temas que marcaram a carreira. Para exprimir a sensação do que se viveu na audiencia, uma palavra apenas. Arrebatador.

NR: (Os profissionais da critica catalogaram de "Morninho", mas acho que devem ter estado em outro concerto que não este...???)

Tirem as vossas duvidas aqui:

20.7.06

Lou rhodes@Cinema Batalha, Porto, 29 Junho

Lou Rhodes, ex-vocalista dos Lamb, apresentou no Cinema Batalha, no Porto o seu album a solo, de titulo Beloved One, um disco pejado de referencias Folk e Gospel. Um ambiente sonoro de marca pastoril e pastoral, onde as notas são mais tiradas num espirito muito “Um cantinho, um violão”. A sala, longe da repleta estava recheada de almas que temiam pelo que iriam encontrar mirando sempre como referencia a musica do extinto Duo, que foi ainda assim chamado à discussão numa emocionante versão acustica de Gabriel, tema que se dispensava (opinião deste escriba), bem como na dedicatória final à audiencia que incansável, teve direito a uma despedida com “Lullaby” em formato Lou(linda como sempre)+ John Thorne e muita carga emocional. pelo meio ainda uma homenagem a Portugal (os Maiores Fans dos Lamb segundo a própria e à cidade do Porto, possuidora de uma mistica unica no mundo)

Na primeira parte do espectáculo actuou Oddur Runarsson que veio apresentar ao público português o seu trabalho a solo, ainda não editado. Runarsson é um cantor e compositor de canções islandês, ex-guitarrista dos extintos Lamb, que se apresenta em palco num espectáculo acústico declaradamente influenciado por Waterboys, Lou Reed, Bruce Springsteen (fase E Street Band) e Loyd Cole. O álbum de estreia do músico é lançado em Setembro pela editora de Lou Rhodes, a Infinite Bloom.
Presenças notadas tambem as de Jonh Thorne, o maquiavélico Contra-Baixista dos Lamb, Nicolaj Bjerre e outros elemntos do projecto Hoof liderado por Andy Barlow, que deixa antever possibilidades de uma reunião para breve.
Para quem não esteve fica aqui um pacotinho de emoções:

18.7.06

Pérolas Avulsas Pt. 1


Ontem à conversa com alguem cujo espirito tem a grandeza de um qualquer sistema estelar apesar de não o reconhecer, veio-me à memória uma música e um espirito que por aparentemente parecer infinito não teve lugar nesta galáxia. Pam Bricker, a vocalista de Jazz de infindaveis encantos, com uma voz que entre o tremulo e o aconchego do calor enebriava as almas na sua ginga de Loira Libanesa ou na subita correria do Acidente no Portão 7 na companhia da "Corporação da Roubalheira". Tinha uma alma maior que o mundo, e o seu cantinho neste planeta parecia sempre pequeno... por isso deixou-nos com a magia da sua voz em suporte musical e partiu para o outro lado do espelho a 20 de Fevereiro de 2005. Mas quem é que disse que precisamos de motivos ou datas para celebrar as almas mais belas?

Para quem não está a ver fica para ouvir aqui um pedaço de céu:
Thievery Corporation feat. Pam Bricker- Lebanese Blonde
e para cantar aqui:
Too low to find my way
Too high to wonder why
I've touched this place before
Somewhere in another time
Now I can hear the sun
The clouds drifting through the blinds
A half a million thoughts
Are flowing through my mind
A satellite recalled your voice
Sent me round the world again
All the night you've dreamt away
Sent me round my heart again
One touch upon my lips
And all my thoughts are clear
I feel your smoky mist
Up to the stratosfear
Did you notify my way
To hide a wonder why
I've touched this place before,
So we're in another time
Now I can hear the sound
The clouds drifting through the blidge
A half a million thoughts
Are flowing through my mind
Did you notify my way
To hide a wonder why
I've touched this place before,
So we're in another time
Now I can hear the sound
The clouds drifting through the blidge
A half a million thoughts
Are flowing through my mind

17.7.06

Na mira da Lente 8


Nunca fui marujo e não pretendo ser; Tambem não sou particularmente admirador de Musica ligeira mas foi este disco que combina as duas entidades supracitadas me deu a conhecer o tão propalado Fogo de São Telmo. Agora sim percebo porque é que os marinheiros tem medo desse fenómeno da fisica... ou estaremos a falar de Adamastor junto ao mar de Barents??? que coisa é esta? Chama-se Kjell Kraghe e é um conhecido cantor ligeiro da Suécia, do qual não consegui recolher mais do que isto visto que não falo sueco e todos os sites estão nesta lingua... tem provavelmente as piores capa de disco da história do reino escandinavo, como podem confirmar numa busca na internet.. em sueco

Será que existe outra Lisboa??

(Clicar na imagem para aumentar)

O efeito de Doppler 8


Alva noto + Ryuichi Sakamoto: Insen
Editora : Raster Noton

Insen é um disco peculiar. Sequela da colaboração entre Alva noto (aka carsten nicolai) e Ryuichi sakamoto iniciada com "vrioon", disco premiado como o Melhor de 2003 na categoria Electrónica pela magazine Wire. Por definição um disco experimental, recheado de acordes de piano pintados de fresco por pormenores (menores com frequencia) de electrónica minimalista de recorte intimista e delicado, apresenta Sakamoto num registo mais introvertido e plástico. Como que em harmonia geram uma força que une atomos musicais aparentemente apostos criando uma massa molecular melódica e transcendental "aveol", o tema final apresenta a forma mais subtil de fundir um piano com um computador, mostrando que os somatórios em musica são muitas vezes mais do que soma das partes.

14.7.06

Elogio do Amor

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas.Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber.
Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e é mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática.
O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banançides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra.
O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos.
Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.
O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. é uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra.
A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.
O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.
O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessýria. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz.
Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra.
A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."


Miguel Esteves Cardoso in Expresso

And Now.... For Something Completely Diferent (II)

Dead Parrot Sketch

Este é um dos sketches míticos de Monty Python. Neste absurdo, John Cleese é o cliente reclamador e Michael Palin o vendedor. Este scketch foi escrito por John Cleese, e é uma adaptação de uma outra rábula do mockumentary de sua autoria 'How to Irritate Peolple', realizado no ano anterior à ida para o ar de Monty Python Flying Circus na BBC.
John Cleese é um dos mais criativos membros dos Pythons, revelando uma queda para o nonsense desde sempre. Consta que foi expulso do Bristol College por ter pintado pegadas no chão que sugeriam que a estátua do mentor da escola (um duro Marechal de Campo), descia do pedesta, dirigia-se à casa de banho e voltava ao pedestal!

Way to Go Johny!!!


Ideia genial!!!

A 12 de Julho de 2005 Kyle MacDonald colocou uma fotografia de um clip vermelho no seu blog com o objectivo de conseguir uma casa por troca directa. Dois dias depois conseguiu trocar esse clip por uma caneta em forma de peixe. Um ano depois e várias trocas efectuadas conseguiu cumprir o seu objectivo trocando um papel num filme de Hollywood por uma casa em Kipling Saskatchewan, Canada.

As palavras do génio:

"Yep, today is one year to the day I placed a picture of one red paperclip on this site. Today is also the day Dom and I will be in Kipling Saskatchewan to shake hands with mayor Pat Jackson and officially trade one movie role for one house, located at 503 Main Street. This is going to be so much fun. Should be on the news and stuff today - stay tuned for pictures of the house tomorrow!
Kyle" (12/julho/2006)


Podem conhecer toda a aventura e toda a cadeia de trocas aqui!!

13.7.06

And Now.... For Something Completely Diferent

E agora... algo completamente diferente!

Estavamos fartos! Telefonemas mudos, abordagens intimidatórias, crises de histeria e mesmo uma proposta um tanto ao quanto gay foram algumas das táticas utilizadas! Já não podiamos continuar assim.
Graham Chapman, John Cleese, Terry Jones, Eric Idle, Michael Palin e Terry Gilliam tanto insistiram (Chapman revirando-se no túmulo com firmeza) que acabamos por ceder perante tamanha persistência... E, bem vistas as coisas, eles até merecem!

Chegou a hora de prestar homenagem ao grupo criador da música que inspirou o título deste blog. Sim! Os Monty Python conseguiram finalmente chegar ao ..::Bright Side of Life::..!
Depois de terem estreado na BBC, tornaram-se nos Beatles da comédia. Tiveram várias passagens pelo cinema e mesmo uma peça na Broadway! Mas faltava-lhes isto.

Welcome Pythons!!

Para abrir o apetite, aqui fica... o genérico!!!

Garfield #8

(clicar na imagem para aumentar)

Calvin & Hobbes #8

(clicar na imagem para aumentar)

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6.7.06

Alva Noto + Ryuichi Sakamoto @ Casa da Musica, 11/06/2006


Uma casa da musica tremula de excitação, um sala “Guilhermina Suggia”cheia como um ovo, no palco um piano e dois computadores complementados por um ecrâ de leds que matizava o fundo com as suas matrizes e formas geométricas ou nem tanto, um incenso que ardia junto do piano e espalhava o seu aroma pela sala, enebriando os sentidos. Este era o cenário idilico, perfeito para um concerto que se podia revelar como um dos mais importantes do ano. Não o foi... não porque os actores não o quisessem, mas porque o disco funciona claramente melhor do que o espectáculo. Sakamoto, distante, indiferente ao público, Carsten Nicolai, mais preocupado em não irritar o mestre com um qualquer blip fora de tempo limitaram a capacidade de a beleza de “insen” embebedar a plateia. Mas não se depreenda que o concerto foi mau. Só acidentalmente tal poderia acontecer pois as variaveis positivas eram demasiadas para que no final a equação fosse tendente para menos infinito. Ainda assim um final apoteótico, com Sakamoto a pilhar o espólio do seu trabalho com David Sylvian e a tocar uma versão de Forbidden Colours que arrepiou a multidão.3 encores e uma plateia de pé. E o concerto foi só morno. Imaginem se tivesse sido bom?